Entrevista a uma yogi que viveu na cidade – Marta Metrass
A Marta pertence ao grupo de pessoas em que a prática de yoga mudou totalmente a sua vida.
Entrevista a um yogi na cidade – Frederico Azevedo (‘Kiko’)
Hoje inauguro uma rubrica no blog – entrevistas a yogis que praticam yoga na cidade.
O que é o Ashtanga Yoga?
Tentados a conhecer o Ashtanga Yoga? Só precisam de um tapete e roupa confortável!
Re-start do projecto “Yoga na Cidade”
Sou praticante de yoga há mais de uma década. A prática de yoga na minha vida é para mim algo muito pessoal, pelo que nunca evangelizei ninguém. No entanto, ao falar desta aprendizagem com os meus amigos a minha alegria e gratidão é tão grande que vai contagiando os que me rodeiam. Até que de há uns cinco anos para cá me começaram a perguntar porque não dava aulas? Sempre me ri, e pensei “Que disparate! Andei a tirar um curso superior e agora ia trocar os vestidos e saltos altos pelas leggings e pés descalços”. A verdade é que se não somos nós a mudar, a vida encarrega-se disso. Os estímulos estão sempre presentes na nossa vida, mas é preciso coragem para os abraçar.
Um dia decidi fazer uma viagem sozinha, e fui para Bali (Que cliché! Mas na altura, confesso, que não estava tão na moda!) praticar yoga com um Senhor muito especial: Prem Callisti, professor de ashtanga yoga da velha guarda. E, nessa viagem, os horizontes começaram a abrir-se. Prem Callisti incentivou-me a mudar, a largar uma vida de escritório e a fazer algo que me preenchesse e fosse recompensador, algo que eu já fazia de forma natural…dedicar-me integralmente ao yoga. E assim nasceu o projecto “Yoga na Cidade”.
Sendo uma borboleta social, é fácil dedicar-me a muita coisa ao mesmo tempo, assim como perder o gás à procura de novos desafios. Após reavaliar o projecto “Yoga na Cidade”, decidi retomá-lo, mas num outro formato, abrindo-o a outras pessoas e/ou projectos, que possam contribuir positivamente e acrescentar valor a algo que era tão meu. Ou seja, praticar yoga no verdadeiro sentido da palavra – “União”. Assim este re-start do projecto “Yoga na Cidade” visa a abrangência de vários projectos, em que através de um projecto somos um todo.
Sejam bem vindos:)
A Day of Yoga Teacher Trainin
But I must explain to you how all this mistaken idea of denouncing pleasure and praising pain was born and I will give you a complete account of the system, and expound the actual teachings of the great…
Bebida de Ouro
A medicina Ayurvédica recomenda começar o dia com um copo de água morna, umas gotas de limão, cúrcuma, gengibre e mel ou pimenta cayena, este é um dos meus hábitos matinais.
Esta bebida de ouro permite limpar o sistema imunitário (de preferência de manhã, uma vez que o corpo se dedica a libertar as toxinas e impurezas durante o sono, também é bom tomar em situações de azia ou enfartamento), acelerar o metabolismo, melhorar a digestão, é depurativo/diurético, hidratante (beber água só por si não hidrata o corpo, é conveniente colocar alguns minerais ou citrinos) e tem antioxidantes (que funcionam como atenuantes de rugas e radicais livres, logo pele mais bonita).
Quem são as estrelas da companhia desta bebida mágica?
Limão – é um citrino que alcaliniza o corpo. O limão é ácido no sabor mas doce quando digerido.
Cúrcuma – também conhecida por ouro em pó ou açafrão da terra – é uma planta herbácea da família do gengibre. Graças à substancia curcumina que contém em doses elevadas, é um inflamatório natural. É a especiaria “anti-envelhecimento”, já que é rica em anti-oxidantes e anti-bactérias. Ajuda a aumentar o fogo digestivo, é anti-flamatória e indicada como cicatrizante.
Gengibre – tal como a cúrcuma, é uma planta herbácea. É uma raiz que é indicada para programas de desintoxicação do organismo, além de ser considerado um poderoso anti-inflamatório, anticoagulante, antioxidante e bactericida. De uma forma geral estimula o sistema imunitário. nota: o gengibre deve ser fresco quando tomado no verão e no inverno em pó.
Mel – o mel é uma substância doce, feita pelas abelhas a partir do néctar e guardada dentro das colmeias para ser utilizada como alimento. É um alimento totalmente natural, que para além e adoçar, ajuda a cuidar do funcionamento do nosso organismo, é muito usado para ajudar o corpo a recuperar de gripes, armas, amigdalite e bronquites. É uma rica fonte de proteína, vitaminas e sais minerais. nota: o mel não dever ser aquecido, se assim for, o açúcar digerido transforma as enzimas que as abelhas produziram com tanto carinho. O mel deve beber-se sempre à temperatura ideal de beber um copo de água seguido (isto é não pode estar muito quente).
Pimenta Cayenna – A pimenta Cayenna é boa para o nosso sistema imunitário, estimula vários órgãos como o estômago, baço, coração, rins, coração e pulmões. É um óptimo anti-oxidante uma vez que tem beta carotenos que o nosso corpo transforma em vitamina A, permitindo a manutenção saudável dos tecidos. Atenção que a pimenta Cayenna é uma especiaria picante pelo que nem todos toleram muito bem, principalmente pessoas com digestões lentas, aqui recomendo tomar só e apenas se se sentir bem.
Nota: Não sou médica nem nutricionista, ainda que estude medicina Ayurvédica, escrevo este post na minha perspectiva. Sou curiosa e interessada por alguns temas, nomeadamente desintoxicação do corpo, já que por vezes o contamino – shame on me! Sou humana e o pecado da gula é um dos meus preferidos. Esta bebida funciona para mim e por isso a considero mágica, mas se por algum motivo tiver problemas gástricos deve ter atenção ao tomá-la.
Yoga como filosofia de vida
Na procura de saber quem sou, qual a minha essência, e que sentido devia dar à vida, descobri a “ferramenta” do yoga.
Com o evoluir da pratica percebi que o yoga não é apenas um hobby, uma actividade física que trabalha o corpo, tornando-o flexível e forte, mas uma filosofia de vida, uma forma mais consciente de saber quem sou, de dar sentido à vida e que me ajuda a encontrar o equilíbrio entre corpo, mente e espírito.
São oito as fases do Yoga que devem reger a nossa vida;
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Yamas: conduta moral e ética;
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Niyamas: conduta disciplinar e individual;
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Asanas: parte física – o “show” do yoga;
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Pranayamas: práticas respiratórias;
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Pratyahara : abstenção dos sentidos;
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Dharana: concentração;
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Dhyana: meditação;
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Samadhi: iluminação.
Os dois primeiros são a base de tudo. A ética que sustenta viver em yoga, sem eles não há yoga.
Os Yamas – são a conduta social, a ética perante os outros, e significam ‘morte’, no sentido de destruição de todas as barreiras que nos bloqueiam ao progresso espiritual. Existem cinco códigos de conduta ética: Ahimsa (não violência); Satya (verdade); Asteya (não roubar); Brahmacharya (domínio das energias) e Aparigraha (não possessividade).
Os Nyiamas – são a conduta individual, a base moral do Yoga. Estão relacionados com as acções mentais internas, com a atitude que cada pessoa deve procurar incluir na sua vida. Passa pela limpeza interna e externa do corpo, pela alegria, a austeridade, o auto-estudo e a entrega às disciplinas do yogi para que este possa crescer e se desenvolver. Existem cinco códigos de conduta moral: Saucha (pureza); Santocha (contentamento); Tapas (auto-esforço / perseverança); Svadhyaya (estudo de si mesmo e das escrituras sagradas) e Ishivara Pranidhana (entrega ao absoluto).
Em futuros post’s vou desenvolver mais este assunto.
Namáste!
Beijinhos,
Susana
nota: “ferramenta” é o termo que o meu professor Anthony “Prem” Carlisi usa quando se refere ao Ashtanga Yoga e que me faz todo o sentido uma vez que estamos na era tecnológica:)