Tudo começou com o Yoga…

O meu caminho de desenvolvimento e conexão comigo começou com a descoberta do Yoga.

Comecei por praticar Yoga de forma entusiasta, praticava 2-3x por semana entre 1h30 a 2h. Era, e ainda é, intenso. Queria evoluir no tapete.

Apesar de ter sido a minha versão turística do Yoga, ainda assim, levou-me a mudar a minha alimentação porque percebi que para fazer determinadas posturas já não podia comer uma feijoada ou fazer determinadas combinações alimentares. Cedo percebi que havia alimentos que me alcalinizavam o corpo e outros que o toxicavam e, era notório que, comer de forma equilibrada fazia a diferença na construção das posturas de yoga.

Sempre fui uma pessoa com formatação racional, da lógica da performance, com objetivos e métricas quantificáveis, fruto da minha formação em gestão de empresas. No entanto, percebi que o Yoga era mais do que algo físico e palpável e que trouxe para a minha vida uma sensação de bem-estar, que me fazia ver as adversidades de forma mais serena.

O Yoga foi a primeira mudança de todas. Trouxe-me uma maior conexão comigo e a forma como estava a viver. Senti um maior alinhamento do corpo e da alma, como se me reencontrasse. Cresci como pessoa.

Praticar yoga não é só posturas físicas, é muita procura interior, é um trabalho entre a luz e a sombra. É um despertar para algo maior, mas que não conseguimos materializar, apenas sentir. E, sentir nos dias de hoje é complicado. Estamos tão formatados para “fazer”, para a ação, estamos demasiado ocupados para sentir, respirar e conectar connosco.

Este tempo de parar para sentir é, nos dias de hoje, um tempo sem tempo. Mas tem de existir, pois é o começo de uma transformação de dentro para fora. Do subtil para o denso.

O Yoga pode ser, como foi para mim, o início do seu caminho de introspeção e autoconhecimento. Ainda assim, nem todos começamos da mesma forma, mas o importante é começar!

Com amor,

Susana

Entrevista a uma yogi que viveu na cidade – Marta Metrass

A Marta pertence ao grupo de pessoas em que a prática de yoga mudou totalmente a sua vida.

Re-start do projecto “Yoga na Cidade”

Sou praticante de yoga há mais de uma década.  A prática de yoga na minha vida é para mim algo muito pessoal, pelo que nunca evangelizei ninguém. No entanto, ao falar desta aprendizagem com os meus amigos a minha alegria e gratidão é tão grande que vai contagiando os que me rodeiam. Até que de há uns cinco anos para cá me começaram a perguntar porque não dava aulas? Sempre me ri, e pensei “Que disparate! Andei a tirar um curso superior e agora ia trocar os vestidos e saltos altos pelas leggings e pés descalços”. A verdade é que se não somos nós a mudar, a vida encarrega-se disso. Os estímulos estão sempre presentes na nossa vida, mas é preciso coragem para os abraçar.

Um dia decidi fazer uma viagem sozinha, e fui para Bali (Que cliché! Mas na altura, confesso, que não estava tão na moda!) praticar yoga com um Senhor muito especial: Prem Callisti, professor de ashtanga yoga da velha guarda. E, nessa viagem, os horizontes começaram a abrir-se. Prem Callisti incentivou-me a mudar, a largar uma vida de escritório e a fazer algo que me preenchesse e fosse recompensador, algo que eu já fazia de forma natural…dedicar-me integralmente ao yoga. E assim nasceu o projecto “Yoga na Cidade”.

Sendo uma borboleta social, é fácil dedicar-me a muita coisa ao mesmo tempo, assim como perder o gás à procura de novos desafios. Após reavaliar o projecto “Yoga na Cidade”, decidi retomá-lo, mas num outro formato, abrindo-o a outras pessoas e/ou projectos, que possam contribuir positivamente e acrescentar valor a algo que era tão meu. Ou seja, praticar yoga no verdadeiro sentido da palavra – “União”. Assim este re-start do projecto “Yoga na Cidade” visa a abrangência de vários projectos, em que através de um projecto somos um todo.

Sejam bem vindos:)

Bebida de Ouro

A medicina Ayurvédica recomenda começar o dia com um copo de água morna, umas gotas de limão, cúrcuma, gengibre e mel ou pimenta cayena, este é um dos meus hábitos matinais.

Esta bebida de ouro permite limpar o sistema imunitário (de preferência de manhã, uma vez que o corpo se dedica a libertar as toxinas e impurezas durante o sono, também é bom tomar em situações de azia ou enfartamento), acelerar o metabolismo, melhorar a digestão, é depurativo/diurético, hidratante (beber água só por si não hidrata o corpo, é conveniente colocar alguns minerais ou citrinos) e tem antioxidantes (que funcionam como atenuantes de rugas e radicais livres, logo pele mais bonita).

Quem são as estrelas da companhia desta bebida mágica?

Limão – é um citrino que alcaliniza o corpo. O limão é ácido no sabor mas doce quando digerido.

Cúrcuma – também conhecida por ouro em pó ou açafrão da terra – é uma planta herbácea da família do gengibre. Graças à substancia curcumina que contém em doses elevadas, é um inflamatório natural. É a especiaria “anti-envelhecimento”, já que é rica em anti-oxidantes e anti-bactérias. Ajuda a aumentar o fogo digestivo, é anti-flamatória e indicada como cicatrizante.

Gengibre – tal como a cúrcuma, é uma planta herbácea. É uma raiz que é indicada para programas de desintoxicação do organismo, além de ser considerado um poderoso anti-inflamatório, anticoagulante, antioxidante e bactericida. De uma forma geral estimula o sistema imunitário. nota: o gengibre deve ser fresco quando tomado no verão e no inverno em pó.

Mel – o mel é uma substância doce, feita pelas abelhas a partir do néctar e guardada dentro das colmeias para ser utilizada como alimento. É um alimento totalmente natural, que para além e adoçar, ajuda a cuidar do funcionamento do nosso organismo, é muito usado para ajudar o corpo a recuperar de gripes, armas, amigdalite e bronquites. É uma rica fonte de proteína, vitaminas e sais minerais. nota: o mel não dever ser aquecido, se assim for, o açúcar digerido transforma as enzimas que as abelhas produziram com tanto carinho. O mel deve beber-se sempre à temperatura ideal de beber um copo de água seguido (isto é não pode estar muito quente).

Pimenta Cayenna – A pimenta Cayenna é boa para o nosso sistema imunitário, estimula vários órgãos como o estômago, baço, coração, rins, coração e pulmões. É um óptimo anti-oxidante uma vez que tem beta carotenos que o nosso corpo transforma em vitamina A, permitindo a manutenção saudável dos tecidos.  Atenção que a pimenta Cayenna é uma especiaria picante pelo que nem todos toleram muito bem, principalmente pessoas com digestões lentas, aqui recomendo tomar só e apenas se se sentir bem.

Nota: Não sou médica nem nutricionista, ainda que estude medicina Ayurvédica, escrevo este post na minha perspectiva. Sou curiosa e interessada por alguns temas, nomeadamente desintoxicação do corpo, já que por vezes o contamino – shame on me! Sou humana e o pecado da gula é um dos meus preferidos. Esta bebida funciona para mim e por isso a considero mágica, mas se por algum motivo tiver problemas gástricos deve ter atenção ao tomá-la.

 

 

 

 

Yoga como filosofia de vida

Na procura de saber quem sou, qual a minha essência, e que sentido devia dar à vida, descobri a “ferramenta” do yoga.

Com o evoluir da pratica percebi que o yoga não é apenas um hobby, uma actividade física que trabalha o corpo, tornando-o flexível e forte, mas uma filosofia de vida, uma forma mais consciente de saber quem sou, de dar sentido à vida e que me ajuda a encontrar o equilíbrio entre corpo, mente e espírito.

São oito as fases do Yoga que devem reger a nossa vida;

  1. Yamas: conduta moral e ética;

  2. Niyamas: conduta disciplinar e individual;

  3. Asanas: parte física –  o “show” do yoga;

  4. Pranayamas: práticas respiratórias;

  5. Pratyahara : abstenção dos sentidos;

  6. Dharana: concentração;

  7. Dhyana: meditação;

  8. Samadhi: iluminação.

 Os dois primeiros são a base de tudo. A ética que sustenta viver em yoga, sem eles não há yoga.

Os Yamas – são a conduta social, a ética perante os outros, e significam ‘morte’, no sentido de destruição de todas as barreiras que nos bloqueiam ao progresso espiritual. Existem cinco códigos de conduta ética: Ahimsa (não violência); Satya (verdade); Asteya (não roubar); Brahmacharya (domínio das energias) e Aparigraha (não possessividade).

Os Nyiamas – são a conduta individual, a base moral do Yoga. Estão relacionados com as acções mentais internas, com a atitude que cada pessoa deve procurar incluir na sua vida. Passa pela limpeza interna e externa do corpo, pela alegria, a austeridade, o auto-estudo e a entrega às disciplinas do yogi para que este possa crescer e se desenvolver. Existem cinco códigos de conduta moral: Saucha (pureza); Santocha (contentamento); Tapas (auto-esforço / perseverança); Svadhyaya (estudo de si mesmo e das escrituras sagradas) e Ishivara Pranidhana (entrega ao absoluto).

Em futuros post’s vou desenvolver mais este assunto.

Namáste!

Beijinhos,

Susana

nota: “ferramenta” é o termo que o meu professor Anthony “Prem” Carlisi usa quando se refere ao Ashtanga Yoga e que me faz todo o sentido uma vez que estamos na era tecnológica:)