Poderão existir inúmeras definições para o Ashtanga Yoga, no entanto, para mim, talvez a melhor forma de definir esta prática, seja a relação do corpo com a respiração, em que a respiração consciente e ritmada se funde no movimento das posturas corporais (asanas), como se de uma dança se tratasse. Estes dois elementos criam uma sintonia mágica. Quando esta dança termina, o indivíduo encontra-se num estado de pleno equilíbrio interior, pronto para enfrentar, uma vez mais, a selva da cidade.
Apesar da prática de Ashtanga Yoga ser realizada com o acompanhamento de um professor, precisando o aluno deste a tempo inteiro no seu processo de iniciação, com dedicação, frequência e interiorização consciente, a prática passa a ser “solitária”, iniciando o aluno o seu caminho de desintoxicação física e mental. A prática de Ashtanga Yoga não visa a imitação do aluno aos exercícios ensinados pelo professor, mas sim o início do conhecimento ao seu mundo interior. Aqui começa a adrenalina desta viagem, a qual, por experiência própria, afirmo que é para toda a vida.
O método de Ashtanga Yoga é um processo muito pessoal, gradual e progressivo, em que cada indivíduo é único, transportando para o tapete a sua “bagagem”: corpo, mente, emoções e espiritualidade. Neste, o individuo inicia uma jornada única e muito sua.
Importa, no entanto, apresentar o Ashtanga Yoga na vertente mais teórica, que se divide em 3 séries de posturas. A 1ª série chama-se “Yoga Chikitsa” – ou Yoga Terapia (para mim a mais importante), que tem como objetivo o alinhamento do corpo e a desintoxicação do organismo. A 2ª série, “Nadi Shodana”, – ou Série Intermédia, cria as condições para a purificação do sistema nervoso. A 3ª série – talvez a “Série do Show-off”, com 4 subdivisões, A, B, C e D, que implica força, flexibilidade e leveza da alma, de forma a que o aluno alcance um maior estado de ligação com o divino.
Tentados a conhecer o Ashtanga Yoga? Só precisam de um tapete e roupa confortável:)
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